Cientistas da Universidade de Stanford criaram uma técnica que permite que um cérebro se torne transparente. Isso irá ajudá-los a estudar o funcionamento dos neurônios e estruturas moleculares em três dimensões, de forma sem precedentes.
A equipe de Karl Deisseroth utilizou processos químicos para transformar os tecidos biológicos, mantendo sua integridade, e os tornando transparentes. O método foi utilizado no cérebro de um rato morto e em um cérebro humano preservado por mais de 6 anos. Segundo os cientistas, é possível aplicar a mesma técnica para outros órgãos.
O grupo de Karl buscou um modo de se livrar de elementos opacos do cérebro. Contudo, são os lipídios (gorduras) que o mantém assim e definem sua estrutura. Quando são excluídos, o cérebro simplesmente se desmancha, como um pudim aguado.
Como alternativa, os pesquisadores trocaram os lipídios pelo hidrogel, um gel feito basicamente de água.
Eles colocaram o órgão em um recipiente com hidrogel, por um tempo suficiente para que as moléculas da substância penetrem no cérebro. Para endurecer a mistura, os pesquisadores a aqueceram à 37ºC – a temperatura do corpo humano.
Desse modo, cria-se uma estrutura híbrida, onde os lipídios permanecem ali, porém não fixos. Portanto, foi possível removê-los com a ajuda de correntes elétricas.
O cérebro do rato antes e depois da aplicação da técnica denominada “Clarity”
Como resultado, o cérebro se tornou transparente, com todos os seus elementos visíveis. A técnica promete revolucionar a nossa compreensão a respeito do funcionamento do cérebro, doenças mentais, o comportamento de uma pessoa, entre outros.
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