Sede do laboratório que trouxe o equipamento ao país é inaugurada na Universidade Fumec
Os biochips que prometem revolucionar, em um futuro bem próximo, a forma como vamos poder dispensar chaves, senhas, códigos de barras e, ainda assim, ter privacidade e segurança, já estão em Belo Horizonte. Em reportagem de novembro do ano passado, O TEMPO adiantou com exclusividade que o equipamento estava próximo da realidade dos mineiros e, neste fim de semana, cerca de 40 amantes e pesquisadores de tecnologia participaram da inauguração oficial da sede da Área 31 Hackerspace, naUniversidade Fumec – primeiro laboratório comunitário, aberto e colaborativo, que possibilitou a vinda dos primeiros biochips ao país.
Os implantes funcionam por radiofrequência compatível com Near Field Communication (NFC). Essa tecnologia permite comunicação em curta distância entre dispositivos, sem a utilização de fios e configurações adicionais, apenas aproximando a mão ao leitor.
Segundo um dos fundadores do laboratório, Ewerson Guimarães, alguns testes para aumentar a capacidade de armazenagem de dados – que hoje é de até 144 bytes por chip – já estão avançados.
“Recebemos três chips e já fizemos testes de esmagamento, e o material implantado em uma coxa de frango aguentou um impacto de 51 kg e em silicone 15 kg. Também já conseguimos guardar mais dados nos chips e agora vamos começar a fazer algumas coisas como, por exemplo, transformar uma fechadura analógica em digital”, explica.
De acordo com Guimarães, cerca de 20 pessoas já manifestaram interesse em participar dos testes e implantar o biochip. Um dos interessados é o administrador de redes, Alan Galvão, 33.
“A principal expectativa é o que pode ser gerado de funcionalidades, primeiro para a ciência, depois para nós mesmos e para as empresas, garantindo a confidencialidade. É um recurso muito novo e que assusta, mas ainda existe muita anticultura, pessoas que não têm conhecimento dando opinião. Pra mim, (o biochip) é a mesma coisa de ter um número da sua carteira de identidade do tamanho de um grão de arroz”, diz Galvão comemorando a chegada do material.
Apesar do interesse, o administrador prefere esperar mais um pouco (para fazer o implante). “Vou esperar aumentar a capacidade de armazenagem, mas não é preciso ter medo, estamos falando de uma infinidade de possibilidades”, diz.
Laboratório
Programação. Para saber mais sobre os horários de visitas e a programação do laboratório, que fica na Universidade Fumec, em Belo Horizonte, é só entrar no site www.area31.net.br.
Kits devem custar aproximadamente R$ 250
Os biochips são originalmente vendidos pela empresa Dangerous Things, com fabricação na Alemanha, mas o laboratório Área 31 Hackerspace vai ser o revendedor autorizado no Brasil para a comercialização dos biochips, que serão vendidos em kits que custarão cerca de R$ 250.
A previsão dos pesquisadores é de que até o meio do ano as melhorias que estão sendo testadas no biochip já estejam bem-desenvolvidas.
Para isso, Raphael Bastos – um dos envolvidos nos estudos – deve instalar a tecnologia no seu carro ainda nesta semana. “A gente já está conversando também com algumas oficinas para começar a fazer a integração com automóveis e a instalação vai ser super simples”, conta Ewerson Guimarães.
Convênios com tatuadores também estão em fase de negociação para a implantação autorizada do produto, uma vez que o processo é semelhante ao de um piercing.
Os biochips são originalmente vendidos pela empresa Dangerous Things, com fabricação na Alemanha, mas o laboratório Área 31 Hackerspace vai ser o revendedor autorizado no Brasil para a comercialização dos biochips, que serão vendidos em kits que custarão cerca de R$ 250.
A previsão dos pesquisadores é de que até o meio do ano as melhorias que estão sendo testadas no biochip já estejam bem-desenvolvidas.
Convênios com tatuadores também estão em fase de negociação para a implantação autorizada do produto, uma vez que o processo é semelhante ao de um piercing.
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