CIDADE DO VATICANO/GENEBRA, 5 Mai (Reuters) - Um comitê da ONU sobre tortura pressionou nesta segunda-feira o Vaticano sobre os escândalos de abusos sexuais de crianças na Igreja Católica, pedindo um sistema de investigação permanente para acabar com o "clima de impunidade" que prevalece há décadas.
O Vaticano, que vai divulgar suas respostas oficiais na terça-feira, disse que a Igreja "faz sua própria
George Tugushi, um membro do comitê da Geórgia, disse que uma comissão internacional formada recentemente para aconselhar o papa Francisco sobre a forma delidar com o abuso sexual foi um passo muito positivo, mas não o suficiente.
"A comissão pode precisar de ajuda para garantir que todos os casos sejam denunciados corretamente e para começar a mudar o clima de impunidade, mas não pode ser considerada, em nossa opinião, como um substituto para um sistema de investigação em funcionamento", ele disse à delegação do Vaticano liderada pelo arcebispo Silvano Tomasi.
Outro membro da comissão, Satyabhoosun Gupt Domah, perguntou se a Santa Sé estava tomando medidas para eliminar a "química que cria as condições" para o abuso sexual de crianças por padres.
"Ressalte-se, particularmente à luz de muita confusão, que a Santa Sé não tem jurisdição ... sobre todos os membros da Igreja Católica", disse ele em discurso de abertura.
O relator-chefe da comissão, Felice Gaer, dos Estados Unidos, disse à delegação do Vaticano que a sua posição "parece refletir a intenção de que uma parcela significativa das ações e omissões dos funcionários da Santa Sé seja excluída das considerações por esta comissão, e isso nos preocupa".
Reuters
http://www.swissinfo.ch/por/internaciona...d=38516802
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